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O Estrangeiro em Nós

  • Foto do escritor: Mileide Cheruti
    Mileide Cheruti
  • 24 de fev.
  • 2 min de leitura

Medo, Pertencimento e a Busca por Quem Somos de Verdade.



A verdade é que esse tema sempre remexeu muita coisa dentro de mim, sabe? Pode ser que você pense que é natural eu me sentir mexida, afinal, sou imigrante vivendo nos Estados Unidos.E você não está errada. Claro que esse assunto me afeta diretamente, mas acredito que ele tem um propósito muito maior do que apenas falar sobre imigração.


Minha conexão com o estrangeiro, com a imigração e com imigrantes começou muito antes do meu trabalho e dos meus estudos. Eu já me senti uma estrangeira dentro do meu próprio corpo.


Meu último trabalho científico abordou o encontro com a sombra nos processos de imigração. Esse tema é mais do que um estudo; é uma experiência vivida.


Já se sentiu um estranho em sua própria casa? Na sua família? No seu próprio corpo?


Segundo Carl Gustav Jung, todos nós carregamos arquétipos — padrões universais da psique humana. O estrangeiro é um desses arquétipos. Ele representa o desconhecido, aquele que não pertence ao grupo e, por isso, pode gerar tanto fascínio quanto medo. Esse medo do “outro” não surge apenas diante de imigrantes ou pessoas de culturas diferentes, mas também dentro de nós mesmos.


O sentimento de exclusão e a necessidade de pertencimento fazem parte da experiência humana. Desde sempre, ser aceito pelo grupo significava sobrevivência. Hoje, rejeitamos partes de nós que não entendemos, da mesma forma que, muitas vezes, rejeitamos o estrangeiro externo, também chamado de imigrante.


E isso mexe com a gente. São duas situações arquetípicas acontecendo ao mesmo tempo: o estrangeiro e a busca por aceitação. Ver pessoas rejeitando imigrantes cutuca nosso próprio sentimento de pertencimento. Da mesma forma, julgar o estrangeiro externo sem olhar para o estrangeiro que habita em nós é negar partes desconhecidas dentro de nós mesmos.


Jung chamou essa parte reprimida de sombra — tudo aquilo que negamos ou não reconhecemos em nós. E, assim como há intolerância aos imigrantes, podemos ser intolerantes à nossa própria sombra. No entanto, integrar esse aspecto oculto é essencial para nos sentirmos completos e de bem com a gente.


Se essa reflexão ressoou com você e deseja aprofundar esse olhar interno, estou à disposição para te apoiar através da terapia junguiana e da consultoria terapêutica. Vamos juntos explorar e integrar os aspectos ocultos da sua jornada? 💙


bjos,

Mileide Cheruti


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